Quanto custa criar um filho? Veja os gastos por faixa etária

De fraldas a mensalidades escolares, saiba quanto custa criar um filho dos 0 aos 18 anos.

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Criar um filho é uma jornada repleta de desafios e recompensas, mas também envolve um planejamento financeiro cuidadoso. Entender os gastos básicos em cada faixa etária é essencial para preparar um orçamento que cubra todas as necessidades da criança, desde o nascimento até a adolescência.

Os custos variam conforme a idade e incluem despesas com alimentação, convênio médico, mensalidades escolares, fraldas e vacinas não disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Por exemplo, os gastos com um bebê de seis meses a dois anos podem ultrapassar R$ 23 mil, enquanto com um adolescente de 13 a 18 anos, os custos podem superar R$ 95 mil.

Durante os primeiros meses de vida, os gastos são concentrados em fraldas, convênio médico e vacinas. No caso de bebês, a alimentação é, em grande parte, baseada no leite materno, mas imprevistos, como a necessidade de fórmula infantil, podem aumentar os custos. A introdução alimentar e a necessidade de creche a partir dos seis meses também elevam as despesas, chegando a cerca de R$ 23.912,20 nos primeiros dois anos de vida.

À medida que a criança cresce, os custos continuam a aumentar. Dos três aos cinco anos, as despesas básicas incluem alimentação, convênio médico e mensalidades escolares, totalizando aproximadamente R$ 28.801,44. Nessa fase, o desfralde reduz os gastos com fraldas, mas os custos com atividades educativas e brinquedos ainda pesam no orçamento.

Entre os seis e os 12 anos, os gastos se intensificam, principalmente devido ao aumento das mensalidades escolares e atividades extracurriculares. Essa fase pode custar aos pais cerca de R$ 108.596,08. É importante lembrar que atividades adicionais não devem sobrecarregar a criança, pois momentos de ócio são igualmente benéficos para o desenvolvimento.

Na adolescência, dos 13 aos 18 anos, os custos atingem seu pico. Além das despesas contínuas com saúde e alimentação, há um investimento significativo em educação, especialmente com cursos preparatórios para vestibulares. Esse período pode custar até R$ 95.239,56.

Compreender esses custos é fundamental para um planejamento financeiro eficaz, garantindo que todas as necessidades da criança sejam atendidas sem comprometer a estabilidade financeira da família.

Gastos básicos do nascimento aos 5 meses

Durante os primeiros cinco meses de vida, os gastos com um recém-nascido incluem alimentação, fraldas, convênio médico e vacinas. Embora o leite materno seja a principal fonte de alimentação, algumas mães, como a artesã Jovana Nogueira, podem enfrentar dificuldades para amamentar, aumentando os custos com fórmulas infantis. Além disso, a vacina contra a meningite B, que não é oferecida pelo SUS, pode custar até R$ 1.159,82. No total, os gastos básicos dessa fase somam aproximadamente R$ 2.509,86.

Do nascimento aos 5 meses: principais despesas

  • Alimentação: embora o leite materno seja gratuito, a fórmula infantil pode ser necessária, elevando os custos.
  • Fraldas: uma necessidade constante nos primeiros meses, com gastos mensais consideráveis.
  • Convênio médico: garantir um plano de saúde para o bebê é essencial para cobrir eventuais necessidades médicas.
  • Vacinas: além das oferecidas pelo SUS, algumas vacinas importantes não estão disponíveis gratuitamente.

Gastos básicos dos 6 meses aos 2 anos

A partir dos seis meses, a introdução alimentar começa, e a licença-maternidade chega ao fim, forçando muitas mães a procurarem creches ou babás. Esses fatores aumentam significativamente os custos. A alimentação torna-se mais variada e a necessidade de fraldas continua até o desfralde, geralmente por volta dos dois anos. Além disso, as crianças estão mais suscetíveis a doenças, aumentando os gastos com medicamentos. O total estimado para essa faixa etária é de R$ 23.912,20.

Dos 6 meses aos 2 anos: principais despesas

  • Introdução alimentar: além do leite materno ou fórmula, começam a ser incluídos alimentos sólidos na dieta do bebê.
  • Creche ou babá: com o fim da licença-maternidade, muitas mães precisam de ajuda para cuidar do bebê.
  • Fraldas: continuam a ser um item essencial e caro.
  • Convênio médico: manutenção do plano de saúde é crucial para cobrir as frequentes consultas e eventuais emergências.
  • Medicamentos: devido à baixa imunidade, são comuns as contaminações virais e outras doenças.

Gastos básicos dos 3 aos 5 anos

Dos três aos cinco anos, as crianças começam a frequentar a escola, o que adiciona mais uma despesa significativa ao orçamento familiar. A alimentação torna-se ainda mais diversificada e, felizmente, os gastos com fraldas cessam após o desfralde. Mesmo assim, os custos com convênio médico e eventuais medicamentos continuam presentes. O total de despesas nessa fase chega a R$ 28.801,44.

Dos 3 aos 5 anos: principais despesas

  • Alimentação: dieta diversificada e nutritiva para apoiar o crescimento e desenvolvimento.
  • Mensalidade escolar: começa a ser uma das maiores despesas familiares.
  • Convênio médico: essencial para garantir a saúde contínua da criança.
  • Brinquedos e atividades educativas: contribuem para o desenvolvimento cognitivo e social da criança.

Gastos básicos dos 6 aos 12 anos

Entre os seis e os 12 anos, as despesas se concentram principalmente na educação e na saúde. A mensalidade escolar aumenta conforme a criança avança nas séries escolares e, muitas vezes, atividades extracurriculares são adicionadas ao orçamento. A alimentação continua a ser um item significativo, assim como o convênio médico. O total estimado para essa fase é de R$ 108.596,08.

Dos 6 aos 12 anos: principais despesas

  • Alimentação: continua a ser uma parte importante do orçamento familiar.
  • Mensalidade escolar: aumento conforme a criança avança de série.
  • Atividades extracurriculares: esportes, música, idiomas, entre outros, são importantes para o desenvolvimento integral da criança.
  • Convênio médico: manutenção é essencial para cobrir todas as necessidades médicas.

Gastos básicos dos 13 aos 18 anos

A adolescência é a fase mais cara na criação de um filho. Além dos gastos contínuos com alimentação e saúde, há um aumento significativo nas despesas com educação, incluindo cursos preparatórios para vestibulares e outras atividades voltadas para o futuro acadêmico e profissional. Esses investimentos são necessários para preparar o adolescente para a vida adulta e podem totalizar R$ 95.239,56.

Dos 13 aos 18 anos: principais despesas

  • Alimentação: dieta balanceada e adequada para adolescentes.
  • Mensalidade escolar e cursos preparatórios: aumento dos custos educacionais com foco no vestibular e no futuro acadêmico.
  • Convênio médico: garantia de saúde durante essa fase crucial de crescimento e desenvolvimento.
  • Atividades extracurriculares e de lazer: importantes para o desenvolvimento social e emocional.

Compreender os custos envolvidos na criação de um filho em cada faixa etária é fundamental para um planejamento financeiro eficaz. Garantir que todas as necessidades da criança sejam atendidas sem comprometer a estabilidade financeira da família requer um olhar atento para o orçamento e a disposição para fazer ajustes conforme necessário. Ao planejar e se preparar para essas despesas, os pais podem proporcionar um ambiente seguro e saudável para o crescimento de seus filhos.

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